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O panorama atual do Mercado Imobiliário do Porto pela perspectiva dos Especialistas

O panorama atual do Mercado Imobiliário do Porto pela perspectiva dos Especialistas

O Imovirtual reuniu neste artigo de opinião o comentário de três especialistas profissionais do imobiliário para darem a conhecer a sua perspetiva sobre o panorama atual do mercado de imóveis do Porto.

novo imovel

“Enquanto vendedores acreditam que a pandemia é passageira e por isso não há motivos para quebra nos preços compradores apostam em um cenário de marcas na economia para barganhar polpudos descontos. 

Podemos, no entanto, avaliar algumas tendências para o ano de 2021:

Mudança no perfil de imóvel procurado

O trabalho remoto é uma realidade e as famílias passaram a precisar de imóveis maiores. Nunca o +1 fez tanta diferença. Isso fez com que a procura por apartamentos e moradias maiores aumentasse nos concelhos vizinhos e periféricos do Porto, onde há mais ofertas de imóveis usados e em construção. Essa é uma tendência de longo prazo que, mesmo com o eventual abrandamento da pandemia, deve prevalecer para os próximos anos.

Preços devem permanecer estáveis

Em setembro de 2020 o governo de Portugal prorrogou as moratórias de crédito de habitação por mais um ano, para setembro de 2021. Isso deve dar um alívio para as famílias planearem melhor a venda de seus imóveis, tendo mais tempo para negociar e, por isso, manter os preços estáveis.

Cenário de juros baixos

As taxas de juros praticadas na zona do euro ficaram ainda mais negativas ao longo do ano de 2020. A Euribor, que abriu o ano de 2020 em -0,436%, ensaiou uma leve alta em abril para -0,379% mas fecha o mês de novembro abaixo de -0,5%. São condições ainda mais favoráveis do que as pré-pandemia, sem que os bancos tenham elevado sobremaneira as exigências de garantias. A perspectiva para 2021 é de manutenção da taxa que deve impulsionar e facilitar o acesso ao crédito imobiliário por consequência.

[1] https://www.euribor-rates.eu/en/euribor-charts/ ” – Rogério Acquadro, Consultor Imobiliário da Novo Imóvel

andré botelho kw imovirtual

“Depois da crise financeira internacional de 2008, os imóveis desvalorizaram mais de 20% e a construção praticamente parou. Como resultado da escassez na oferta e aumento da procura, os imóveis usados valorizaram bastante, o que fez com que os preços recuperassem a um ritmo elevado nos últimos anos.

Antes da chegada inesperada do Covid-19, a construção já mostrava sinais de recuperação se considerarmos o elevado número de licenças de construção emitidas no início de 2020. Quando estes novos fogos entrassem no mercado, a oferta iria aumentar, e como resultado, os preços tenderiam a descer. Sabíamos que isto ia acontecer, não sabíamos era quando. 

Entretanto, surge a pandemia, os investidores ficam apreensivos e a construção abranda novamente. O número de casas à venda não aumenta como esperado e a procura diminui significativamente devido ao aumento do desemprego, impulsionado principalmente pela crise nas áreas da restauração e do turismo.

A minha opinião é que os preços dos imóveis no grande Porto vão sofrer um ajuste nos próximos tempos, principalmente no centro e zonas turísticas. No entanto, quem estiver a pensar em vender o seu imóvel neste momento, ainda vai a tempo de aproveitar a valorização dos últimos anos.

Se está a pensar em vender o seu imóvel rapidamente e ao melhor preço, a André Botelho Consultores Imobiliários tem todo o gosto em oferecer um estudo de mercado grátis sem compromisso, para conhecer o valor da sua casa neste momento. ” – André Botelho (Eng.) Agente Líder, André Botelho Consultores Imobiliários (Keller Williams)

“No momento atual mantenho uma perspetiva otimista do mercado imobiliário nomeadamente no Distrito do Porto, e diria até, de crescimento no número de transações.

Fruto da pandemia, e da impossibilidade dos investidores estrangeiros poderem viajar, verificou-se um abrandamento repentino da procura no centro Histórico da cidade do Porto. A ausência de turistas, obrigou a que os apartamentos de Alojamento local, agora vazios, ajustassem a sua oferta ao arrendamento de médio e longo prazo, trazendo maior oferta a este modelo de negócio, tendo um impacto imediato nos valores de arrendamento praticados na ordem dos 15%. 

Com a queda no número de transações no centro da cidade, apenas a existência de moratórias, evitou que houvesse demasiada pressão sobre os vendedores.

Após o confinamento de 2020 a procura manteve-se dinâmica por parte dos portugueses, observando assim, um considerável crescimento do número de transações nos concelhos periféricos, nomeadamente, V.N.Gaia, Matosinhos, Gondomar e Maia.

Estes concelhos limítrofes à cidade do Porto, têm crescido mais até do que própria cidade, em número de oferta e em evolução dos preços, estando também, mais ajustados ao poder de compra dos portugueses.

A estratégia adotada pela Maison Porto, foi de procurar os melhores locais e parceiros de forma a ter oferta com a melhor relação de preço/qualidade, o que se tem traduzido num maior número de negócios.

Acredito que a reação em 2021 após este confinamento seja ainda mais célere, e que não haja impacto significativo a nível de valores, sentindo que a procura por habitação própria se irá manter, bem como veículo de investimento. 

A taxa de juro é baixa e não se prevê a sua subida num futuro próximo, facilitando e fomentando assim a aquisição em prol do arrendamento.

Esperamos no segundo semestre, voltar a ter a procura, quer por parte dos estrangeiros e também do cliente nacional, e poder conviver com os mesmos cheios de saúde na nossa cidade invicta – o Porto.” – Ivo Gomes, Sócio Gerente da Maison Porto

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Ultima actualização: 13 agosto 2021
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