Imobiliário

O Nosso Guia Para Tipologias de Moradias e Apartamentos

Chegada a hora de comprar ou arrendar casa, é natural surgirem dúvidas relativamente a toda a informação com que nos deparamos. Desde logo, é importante saber definir a tipologia que melhor se adapta ao nosso estilo de vida.

As necessidades de cada um variam radicalmente, porém, existem alguns pontos básicos que são particularmente relevantes antes de se dirigir à imobiliária mais próxima com o montante do depósito na mão.

Desde logo, é pertinente saber identificar tipologias de moradia (vivenda) ou apartamento pela letra que a define. Já se terá certamente deparado com anúncios que mencionam um T1 ou T2, da mesma forma que outros anunciam uma V2 ou V3. A tipologia “T” define todos os apartamentos, enquanto a tipologia “V” se aplica a moradias (vivendas).

É ainda importante desmistificar um termo que surge frequentemente e se confunde com as designações previamente mencionadas. A utilização da palavra assoalhadas não reflete necessariamente o número de quartos de dormir. O termo exclui desde logo da equação a cozinha e casa de banho, contabilizando os outros espaços disponíveis. 

Como tal, duas assoalhadas não são necessariamente dois quartos, mas antes uma sala e um quarto. Três assoalhadas designam uma sala de estar e dois quartos, e assim subsequentemente.

Convidamos à leitura para descobrir o que cada tipologia de habitação lhe oferece e de que forma cada uma está intimamente relacionada com o estilo de vida muito próprio de cada um.

Apartamentos

Frequentemente abundantes em grandes cidades e pequenos centros urbanos, os apartamentos representam a tipologia de habitação mais comumente encontrada no país, com especial foco nos T1 e T2. Como tal, é importante entender as diferenças e o que significa T0, T1 e T2 em Portugal.

Desde logo, os apartamentos proporcionam uma opção mais económica de habitação comparativamente a uma moradia, enquadrando-se perfeitamente no tipo de construção das cidades e zonas periféricas à medida que o desenvolvimento urbano vai tomando lugar.

Mas qual será efetivamente o apartamento ideal para o seu estilo de vida e quais algumas das vantagens e desvantagens de um em detrimento de outro? A seção que se segue foi elaborada com vista a que possa facilmente encontrar e escolher a casa que melhor se enquadra CONSIGO.

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O Que é um T0? – O Cantinho Aconchegante

Uma vez que já estabelecemos que o número afeto ao “T” se refere ao número de quartos na habitação, o caso do T0 é bastante singular (perdoem-nos a expressão). Sendo usualmente conhecido por loft ou estúdio, esta é a designação atribuída a um apartamento com um único espaço (à exceção da casa de banho). É assim usual que sala, cozinha e quarto partilhem uma única divisão.

Ideal para quem procura um espaço mais económico e não tem necessidades familiares ou sociais muito abrangentes, um T0 para alugar ou comprar é habitualmente a opção por eleição de profissionais e estudantes que não desejam partilhar casa. Nem sempre é clara a distinção entre um estúdio e o que é um apartamento T0, mas no fundo, referem-se precisamente à mesma tipologia.

Vantagens:

  • Renda mais acessível;
  • Climatização económica;
  • Tempo e energia despendidos com a limpeza reduzida.

Desvantagens:

  • Por norma pouco espaçoso;
  • Cozinha e “quarto” partilham o mesmo espaço.

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O Que é Um T1? – A Opção Popular

A tipologia de apartamento T1 está entre as mais populares do país. Muito frequentemente procurada por indivíduos ou casais sem filhos, é o passo lógico imediatamente acima do T0. Com uma separação física existente entre o quarto e a cozinha e/ou sala (existem apartamentos T1 onde sala e cozinha partilham a divisão), permite um nível de funcionalidade e privacidade superior à tipologia anterior.

Com inúmeras configurações (plantas) disponíveis, um T1 em Lisboa para arrendar encontra-se atualmente no valor mais baixo dos últimos anos. Desta forma, talvez tenha chegado o momento ideal para começar a namorar aquela casa de um quarto com que sonha há algum tempo.

Ocasionalmente poderá deparar-se com uma tipologia particular e perguntar-se o que é um T1 + 1. Apesar de nem sempre existir consenso quanto a esta definição, tende a descrever um T1 onde existe uma outra divisão de pequena dimensão. Muito frequentemente é insuficiente para ser um quarto por direito próprio, sendo antes ideal para um pequeno escritório ou arrecadação.

Atualmente é extremamente improvável que encontre um T1 em Lisboa a arrendar a 300 euros ou por valores semelhantes. Rendas de tal montante eram relativamente comuns na década passada e agora apenas se encontram nas zonas periféricas e mais além. O mercado da capital, bem como o do Porto e Faro assistiram a subidas de preços ao longo dos últimos anos que resultaram na praticamente inexistência de opções verdadeiramente económicas tanto no arrendamento como na compra de casa.

A popular tipologia tem também alguns pontos que agradam e outros em que fica aquém de outras opções disponíveis no mercado.

Vantagens:

  • Quarto independente da restante casa;
  • Abundante oferta no mercado a preços competitivos, nomeadamente fora dos grandes centros urbanos;
  • Ideal para uma única pessoa ou um casal sem filhos.

Desvantagens:

  • Não é a tipologia ideal para quem tenha filhos/planeie ter a curto prazo;
  • Limitado para aqueles que trabalham a partir de casa pela inexistência de uma divisão dedicada para o efeito (escritório).

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O que Significa T2? – O Apartamento Familiar

O T2 é, por norma, a tipologia preferida de muitos portugueses que procuram casa. Tal como a numerologia indica, é indicado para aqueles que buscam um apartamento com dois quartos.

Apresenta-se como a opção ideal para quem tenha filhos (idealmente um), ou para quem deseje ter um espaço individual para trabalhar. Em Portugal é possível encontrar inúmeros apartamentos t2 baratos em grande parte dos distritos fora dos centros urbanos, permitindo usufruir assim do espaço extra, independentemente se o pretende para fins familiares ou profissionais.

A versatilidade do apartamento T2 reside precisamente em agradar a um sem-número de interessados. Perfeito quem mora sozinho e aprecia a sua versatilidade, pequenas famílias, profissionais que usufruam de um escritório em casa, alguém que deseje um ginásio caseiro, entre inúmeras outras opções.

Tal como todas as outras alternativas disponíveis no mercado, encontra nesta tipologia algumas vantagens e desvantagens associadas à sua tipologia.

Vantagens:

  • Ideal para famílias com um ou dois filhos (de tenra idade, no caso de dois filhos);
  • Perfeito para indivíduos ou casais que necessitem de um espaço profissional (escritório) ou para outro efeito, tal como um ginásio;
  • Possibilidade de ter um quarto para visitas, de forma a acomodar amigos ou família;
  • Possibilidade de alugar um dos quartos como fonte de rendimento extra.

Desvantagens:

  • Preços elevados nos centros urbanos e disponibilidade limitada devido à imensa procura;
  • Opção poderá ser insuficiente para quem tenha filhos em idade escolar (necessidade de quartos individuais).

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O Que é T3? – Espaço em Abundância

Fazemos um óbvio reparo ao uso do termo “abundância”. Os apartamentos T3 (e superiores) são somente tão espaçosos conforme as necessidades daqueles que os habitam.

Qualquer família numerosa olharia para um T3 com escárnio, ao passo que a maioria das famílias com um ou dois filhos encontraria nesta tipologia resposta mais que suficiente para os seus requisitos.

Nas cidades periféricas, o T3 pode inclusive ser uma excelente alternativa a uma moradia. Uma vez feita a análise do mercado em comparação com um apartamento T2, poderá encontrar opções onde o benefício preço/dimensão seja apelativo.

Como será expectável, a disponibilidade de apartamentos de tipologia T3 e superior em centros urbanos obriga frequentemente a uma maior disponibilidade financeira. 

Vantagens:

  • Espaço em abundância para famílias com um ou dois filhos;
  • Possibilidade de converter uma divisão inutilizada em escritório ou quarto de visitas;
  • Em distritos do interior poderá representar um excelente compromisso entre uma opção acessível e um investimento com elevada rentabilidade a médio/longo prazo.

Desvantagens:

  • Preços algo proibitivos nos grandes centros urbanos;
  • Possível subaproveitamento no caso de ser habitado por uma única pessoa ou casal sem filhos.

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Moradias

Agora que já sabe o que é T1 e T2, as mais comuns tipologias de apartamentos, talvez o T0 e o T3 (ou superior) lhe pareçam desproporcionais relativamente ao seu estilo de vida. Se assim é, poderá ficar facilmente tentado a considerar uma moradia como alternativa. 

A maioria das pessoas que não beneficia da vida numa grande cidade pode considerar comprar ou arrendar moradia numa zona suburbana, inclusive no interior do país onde os preços são mais acessíveis. O espaço desafogado, as áreas exteriores e a independência social que uma moradia garante tendem a definir regras muito próprias relacionadas com a vida quotidiana.

Com algumas caraterísticas que se enquadram na perfeição na definição de estilo de vida, opções como moradias com piscina, área para churrasco, garagem para um ou mais carros, espaçosos terraços e muito mais são apenas limitados pelo orçamento e imaginação dos que por elas optam.

No caso das moradias (ou vivendas), a habitual designação tem lugar através da letra “V”. Como tal, ao deparar-se com a descrição V1 / V2 / V3 saberá imediatamente identificar o número de quartos que a constituem.

Existem ainda algumas diferenças a considerar, as quais definem o tipo de moradia à sua disposição.

  • Moradia Geminada. Derivada da palavra “gémeos” (ou gemini, em Latim) descreve uma moradia que partilha parede com outra, bem como parte ou a totalidade do telhado e frequentemente, um ou mais muros exteriores;
  • Moradia Unifamiliar. Esta designação aplica-se a uma moradia desenhada para albergar uma única família;
  • Moradia Bi-familiar. Uma moradia que possui duas áreas de habitação independentes. É frequentemente disposta em dois andares, com entradas exclusivas e sem acesso interior.

Tal como no caso dos apartamentos, a numerologia presente distingue o número de quartos disponíveis. As moradias têm também associadas, por norma, algumas vantagens e desvantagens:

Vantagens:

  • Regra geral mais abundantes em espaço, com possibilidade de acesso a áreas exteriores independentes (jardim, terraço, varandas, garagens);
  • Maior independência e privacidade, bem como a probabilidade de menor ruído proveniente de vizinhos;
  • Maior flexibilidade consoante o tamanho da moradia. Possibilidade de ter um escritório, quarto de visitas e quartos em abundância para a família.
  • Espaço. A maioria das moradias apresenta numa única divisão mais área do que aquela que encontra por defeito num apartamento T0 em Lisboa.

Desvantagens:

  • Custos consideravelmente mais elevados. Gastos com a manutenção, impostos e climatização serão por norma mais elevados quando em comparação com um apartamento;
  • Limpeza. Se pensa que o seu apartamento T0 dá trabalho a limpar, uma moradia representa um desafio num patamar muito próprio;
  • Custo de aquisição tende a ser mais elevado que um apartamento. Porém, é possível encontrar nos distritos do interior ou zonas periféricas das cidades excelentes moradias a preços mais baixos do que a maioria dos apartamentos de cidade.

Como é também de considerar, a disponibilidade de moradias em locais como Lisboa ou Porto não é equivalente àquela existente em outros distritos. Limitados pela tipologia de construção disponível na cidade, encontrará mais facilmente um apartamento T1 para arrendar do que uma moradia V3.

A Casa Ideal Para Si

Independentemente da tipologia de casa que melhor se adeque ao seu estilo de vida e ao seu orçamento, é importante dar início à sua busca com uma ideia definida das caraterísticas das quais não deseja abdicar. Seja um T1 em Lisboa a arrendar ou uma luxuosa moradia com piscina, é incrivelmente simples encontrar a casa perfeita para si de forma conveniente e rápida.

Desde logo, é importante saber definir corretamente a dimensão de casa ideal para a sua atividade quotidiana, seguido de quaisquer fatores que valorize particularmente, tais como a classe energética, localização, a luminosidade, a presença de garagem (caso dela necessite), arrumação e inúmeros outros fatores.

A casa perfeita é, em última análise, aquela em que se imagina bem ao acordar e adormecer ao longo dos anos. Aquela pela qual ansiamos ao fim de um longo dia de trabalho ou de umas férias mais prolongadas. Mais do que pensar em qual será a tipologia de casa que prefere, faça por descobrir aquela à qual deseja ansiosamente chamar de lar.

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Ultima actualização: 24 fevereiro 2021
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