DestaquesRelatório de Preços

Relatório de Preços – Em março, arrendar casa em Portugal custa até mais 57% em algumas regiões e comprar custa em média mais 70.000€ face a 2024

O Imovirtual, portal imobiliário de referência, apresenta o seu barómetro mais recente, relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda em Portugal, incluindo ilhas. Os dados comparam os valores de fevereiro de 2025 com os do mês anterior, janeiro de 2025, e com o período homólogo, fevereiro de 2024. 

Arrendamento

O valor médio dos imóveis para arrendar em Portugal voltou a subir, mantendo a tendência de crescimento  dos últimos meses. Em termos anuais, registou-se um aumento de 8%, com os preços a subirem de 1.200€  para 1.300€. Face a fevereiro de 2025, a subida foi de 4%. 

Norte 

Na região Norte, os preços de arrendamento revelaram comportamentos distintos. Vila Real destacou-se  com o maior crescimento mensal, subindo 20% (de 500€ para 600€), o que representa também uma variação  anual significativa de 22%, assim como Viana do Castelo teve uma subida de 7% (de 750€ para 800€), face  ao mês anterior.  

Por outro lado, Bragança apresentou uma quebra mensal de -10% (525€ para 475€), apesar de se manter  acima do valor praticado há um ano (+6%). Os restantes distritos mantiveram-se estáveis: Braga (900€),  Aveiro (900€) e Guarda (500€) não registaram variações face ao mês anterior, sendo que este último  apresenta ainda assim uma valorização anual de 18%. O Porto, com um crescimento de 4% tanto mensal  como anual, atingiu os 1.200€, o valor mais alto da região. 

Centro 

A região Centro apresentou uma evolução moderada. Leiria registou uma subida mensal de 6% (de 800€ para  850€), mantendo uma valorização anual de 18%. Já Lisboa manteve-se estável nos 1.750€, em comparação  com o mês passado, com uma variação de 6% anual (de 1.650€ para 1.750€), mantendo-se como o distrito  mais caro do país para arrendar. Em Coimbra (750€), Castelo Branco (550€) e Santarém (800€), os preços  não registaram alterações mensais. 

Sul 

O Sul apresentou variações mais acentuadas. Faro atingiu os 1.260€, com uma ligeira subida mensal de 1% e  uma variação anual expressiva de 57%. Setúbal acompanhou esta tendência, com uma subida de 4%  (1.250€), reforçando o seu posicionamento entre os distritos mais caros para arrendar. Em sentido inverso,  Évora registou uma descida mensal de -9% (de 990€ para 900€), ainda assim com um aumento anual de 20%. Beja registou a maior quebra anual do país (-54%), com uma queda mensal de -7%, fixando-se agora nos  650€. Portalegre, por sua vez, desceu ligeiramente (-4%) para os 480€, mantendo uma valorização anual de  23%.

Ilhas 

O mercado de arrendamento nas Ilhas voltou a mostrar forte dinamismo. A Ilha Terceira destacou-se com  um aumento mensal de 18% (de 850€ para 1.000€), acumulando uma variação anual de 43%. A Ilha da  Madeira subiu 10%, fixando-se nos 1.650€, tornando-se a segunda zona mais cara do país para arrendar, logo  a seguir a Lisboa. A Ilha de São Miguel apresentou uma quebra mensal de -5%, passando de 950€ para 900€,  enquanto o Faial manteve-se estável nos 800€.  

Distritos e Ilhas mais baratos e mais caros para arrendar  Os distritos mais baratos para arrendar em março foram Bragança (475€), Portalegre (480€), Guarda (500€) e Castelo Branco (550€). Já os mais caros foram Lisboa (1.750€), Ilha da Madeira (1.650€), Faro (1.260€) Setúbal (1.250€).

Venda

No que diz respeito ao preço médio de venda a nível nacional, verificou-se uma subida de 3% em março de  2025 face ao mês anterior, passando de 385.000€ para 395.000€. Em termos anuais, os preços registaram  um crescimento de 22%, representando uma subida de 70.000€ em relação a março de 2024 (325.000€ para  395.000€). 

Norte 

Na região Norte, os preços de venda continuaram a evoluir positivamente. Aveiro registou o maior  crescimento mensal da região, com +5% (de 325.000€ para 339.788€) e uma valorização anual de 18%. Vila  Real também apresentou um aumento mensal expressivo de 4% (176.800€ para 184.500€), acumulando uma  subida de 9% face ao ano anterior. Viana do Castelo e Braga seguiram esta tendência, com crescimentos  mensais de 2%, enquanto o Porto registou uma subida de 1%, atingindo os 380.000€, mantendo-se entre os  distritos mais valorizados da região. Bragança, por outro lado, registou a maior quebra do Norte, com uma  descida mensal de -4% (118.000€ para 113.250€) e uma desvalorização anual de -6%. 

Centro 

O Centro registou algumas subidas relevantes. Coimbra destacou-se com uma subida mensal de 4% (de  225.000€ para 235.000€), consolidando um crescimento anual de 19%. Lisboa voltou a mostrar um  crescimento significativo, com uma subida de 4% (575.000€ para 595.500€), o que representa uma  valorização anual de 32%. Leiria e Santarém também registaram aumentos moderados de 2% e 3%, respetivamente. Castelo Branco manteve a tendência de queda, com uma nova descida de -2% (85.000€  para 83.500€), acumulando uma quebra anual de -3%, mantendo-se como um dos distritos mais acessíveis  da região. 

Sul 

No Sul, os preços de venda continuaram a crescer. Évora liderou a subida da região, com um crescimento  mensal de 6% (de 235.000€ para 249.950€), o que representa uma valorização anual de 25%. Faro manteve-se como um dos distritos mais caros, com um crescimento de 3% no último mês, atingindo os 509.850€. Beja e Santarém registaram aumentos mensais de 3%, com Setúbal a subir 1%, atingindo os 425.000€, e um crescimento anual de 21%. Portalegre manteve-se estável nos 120.000€, mas apresenta um crescimento  anual expressivo de 26%. 

Ilhas 

Nas Ilhas, a evolução foi bastante mista. A Ilha da Madeira destacou-se com uma subida mensal de 5% (550.000€ para 575.000€), acumulando uma valorização anual de 26%. A Ilha das Flores também registou  uma forte subida mensal de 6%, apesar do crescimento anual mais moderado (+3%). A Ilha de São Miguel manteve-se estável face a fevereiro (350.000€), mas reforça um crescimento anual muito significativo de  40%. 

Em sentido inverso, a Ilha do Faial registou a maior queda mensal, com -11% (de 310.000€ para 275.000€),  apesar de manter um aumento de 51% face ao ano anterior. 

Distritos e Ilhas mais baratos e mais caros para comprar casa  Os distritos mais acessíveis para comprar casa em março foram Castelo Branco (83.500€), Guarda (99.000€), Bragança (113.250€) e Ilha da Graciosa (119.000€). Já os mais caros continuam a ser Lisboa (595.500€), Ilha  da Madeira (575.000€) e Faro (509.850€).

Análise comparativa entre zonas

Ao analisar o mercado imobiliário em termos de arrendamento e venda, continuam a verificar-se  disparidades significativas entre as várias regiões do país. No arrendamento, o Centro e o Norte mantêm-se  como as zonas com valores mais acessíveis. Destacam-se Bragança (475€), Castelo Branco (550€) e Guarda  (500€) como alguns dos distritos mais económicos para arrendar casa. Por outro lado, o Sul e as Ilhas continuam a apresentar os valores médios de renda mais elevados, com Lisboa (1.750€), Faro (1.260€)Setúbal (1.250€) e a Ilha da Madeira (1.650€) no topo da lista. Apesar de alguma estabilização de preços em  várias zonas, observaram-se subidas relevantes, como no caso de Vila Real, que aumentou 20% num só mês,  e da Ilha Terceira, que registou um crescimento mensal de 18%, consolidando-se como uma das ilhas com  maior valorização no arrendamento. 

Já no mercado de venda, o Sul e as Ilhas continuam a destacar-se pelas maiores valorizações anuais. O distrito  de Lisboa lidera com 595.500€, seguido pela Ilha da Madeira (575.000€) e Faro (509.850€), refletindo a forte  procura nestas regiões. A Ilha do Faial, embora tenha sofrido uma quebra mensal de -11%, apresenta ainda  um crescimento anual de 51%. Em contraste, distritos como Bragança (113.250€), Castelo Branco (83.500€) e Portalegre (120.000€) mantêm-se como os mais acessíveis para quem procura comprar casa. 

Estas variações refletem as dinâmicas distintas entre regiões, influenciadas por fatores como a procura  crescente por localizações mais periféricas, o impacto do turismo, a escassez de oferta nas zonas mais  procuradas e a evolução económica. O arrendamento continua a ser a solução mais viável em várias regiões  urbanas, enquanto a valorização do mercado de compra permanece mais acentuada nas zonas costeiras e  insulares, onde a pressão da procura se mantém elevada. 

Botão Voltar ao Topo