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Tudo sobre Crédito Hipotecário

Tudo sobre Crédito Hipotecário

É sabido que comprar uma casa é um investimento que não se faz de ânimo leve, já que muitas vezes as famílias são obrigadas a recorrer a um Crédito Habitação para poder financiar um imóvel. O número de pessoas que investe num apartamento ou moradia com capitais próprios é reduzido. Isto porque além de ser necessário arcar com os custos do imóvel, os compradores também têm de considerar valores extra, como os impostos a pagar, os seguros para imóveis e o preço da escritura. E claro que nem toda a gente aufere vencimentos que lhe permitam amealhar dinheiro suficiente a curto prazo para a comprar uma casa. Contas feitas, a fatura é demasiado elevada para o bolso dos portugueses que acabam por recorrer ao financiamento ou a outras alternativas para adquirirem uma casa. Os leilões e os imóveis com financiamento 100% são algumas das opções, sendo que inevitavelmente, a grande maioria dos investidores acaba recorrendo ao Crédito Habitação.

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E quando falamos em empréstimos para comprar casa, temos de falar, obrigatoriamente, no Crédito Hipotecário. Embora nem sempre seja chamado pelo nome, a verdade é que este tipo de crédito é bastante utilizado nos financiamentos. Trata-se de uma modalidade em que o devedor coloca um bem (imóvel ou não) à disposição das instituições financeiras para assim garantir o pagamento do montante em dívida. Está, por isso, muito ligada ao Crédito Habitação, onde muitas vezes os investidores dão o próprio imóvel que pretendem adquirir como garantia. O mesmo pode acontecer em situações de financiamento para comprar um terreno, para fazer obras em casa ou para adquirir um novo carro.

No fundo, este tipo de crédito, tal como o próprio nome indica, rege-se pelos princípios da hipoteca, que consiste numa garantia real solicitada pelos credores, normalmente os bancos ou outras entidades de crédito, para que possam recuperar o dinheiro emprestado aos devedores em caso de incumprimento das obrigações. A garantia não tem de ser necessariamente o bem que pretende comprar com o dinheiro do empréstimo, poderá ser propriedade de terceiros, desde que estes atestem o acordo.

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Nem todas as pessoas estão aptas para solicitar um Crédito Hipotecário, já que para isso é necessário entregar vários documentos e preencher um conjunto de requisitos. Muitos deles são subjetivos, sendo estabelecidos de banco para banco, mas alguns deles são paralelos a todas as instituições financeiras – idade, LTV do imóvel, garantias apresentadas. Já os documentos solicitados pelas entidades variam consoante a fase em que se encontra o seu pedido de Crédito Hipotecário e até, a própria instituição financeira. No geral estes são os papéis solicitados pelos credores:

FASE 1: ANÁLISE E APROVAÇÃO

  • Documento de identificação dos titulares: Cartão de Cidadão ou Bilhete de Identidade com Número de Contribuinte;
  • Última Declaração de IRS e respetiva Nota de Liquidação;
  • Declaração de vínculo contratual (emitida pela entidade patronal);
  • Recibos de vencimento dos últimos três meses ou recibos verdes dos últimos seis meses (conforme o que seja aplicável);
  • Extratos bancários dos últimos três meses;
  • Comprovativo de IBAN.

FASE 2: AVALIAÇÃO DA CASA

Com a proposta submetida, resta aguardar algumas semanas para que o banco possa conclui a sua análise. Durante este tempo, a entidade irá fazer uma análise de risco ao perfil do consumidor para decidir se o mesmo é viável ou não para contratar um empréstimo hipotecário. Esta é também a altura em que os bancos avaliam a solvabilidade dos clientes, ou seja, se estes auferem rendimentos suficientes que lhe permitam pagar o valor do empréstimo.

João Miguel Autor Imovirtual Blog

João Miguel é o homem dos números. O jeito para os números sempre foi inato, assim como o talento para a escrita. Já tentou fazer um sem o outro, mas não foi bem sucedido na tarefa. Por isso, hoje escreve para a secção ‘Finanças’ do Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 04 maio 2022
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