Imobiliário

Viver na zona histórica – vantagens e desvantagens

Vantagens e desvantagens de viver na zona histórica

São várias as pessoas que procuram por uma casa na zona histórica das cidades, para dar resposta ao seu estilo de vida. Uns trabalham no centro, outros estudam e, por vezes, torna-se difícil viver na periferia por diversas razões, incluindo falta de transportes, demasiado tempo perdido em deslocações, pouco comércio, entre outras.

Alugar uma casa para viver na zona histórica traz inúmeras vantagens para o morador. Contudo, é necessário conhecer algumas das desvantagens que essa decisão também pode trazer antes de avançar com a procura de casa. Conheça alguns prós e contras de viver no centro histórico das cidades.

 

Vantagens de viver na zona histórica?

O melhor de viver na zona histórica é estar perto de tudo! Seja de comércio, transportes, acessos, atrações ou de estabelecimentos de ensino e saúde. Viver no centro histórico permite-lhe, muitas vezes, ir a pé para o trabalho ou perder poucos minutos de metro, ao contrário das horas infinitas perdidas em transportes se vivesse na periferia. Permite-lhe trocar as grandes superfícies comerciais pelo comércio tradicional ou as cadeias de fast food pelos restaurantes locais.

Ao viver nesta zona está ainda mais próximo daquela que é a verdadeira essência da cidade, está permanentemente em contacto com o simbolismo da sua história: os prédios antigos, os monumentos, as fachadas trabalhadas, os azulejos tipicamente portugueses.

Grande parte das animações e festas populares são realizadas na baixa, normalmente, e o espírito com que os moradores as vivem, nomeadamente os mais antigos, é o melhor de tudo. Estar em contacto com moradores que nasceram e que viverão na zona histórica toda a vida, confere-lhe um conhecimento da cidade que nunca conseguirá obter em livros ou em fotografias.

 

E quais são as desvantagens?

Assim como tudo, viver no centro histórico nem sempre é um mar de rosas. Existem algumas desvantagens que deverá ter em atenção antes de dar o passo final de alugar casa.

O pior de viver nesta região é, sem dúvida, o estacionamento. Em muitos apartamentos, por serem mais antigos, não existe garagem e nem todas as ruas têm lugar para estacionamento, muito menos à porta de casa. A solução que existem em muitos casos são parques de estacionamento espalhados pela cidade, onde os moradores podem deixar os seus carros, pagando uma taxa especial, mais reduzida, por serem moradores.

Um outro aspeto negativo frequentemente apontado é o turismo. Os turistas gostam de percorrer as zonas históricas das cidades, conhecer a sua verdadeira essência e perceber como tudo começou. Deste modo, os prédios antigos dão lugar a apartamentos exclusivos para o turismo, as ruas enchem-se de turistas e de excursões, e o mesmo acontece com os cafés, lojas e restaurantes.

Aliado a isto, temos o ruído, que por vezes se pode tornar incomodativo para os moradores. É na baixa que se encontra grande parte da vida noturna das cidades. Especialmente no verão, pode ser complicado conseguir dormir sem o ruído vindo de cafés, discotecas ou festas.

Para além disso, sendo uma zona muito procurada, os preços dos mais variados estabelecimentos podem ser inflacionados. Por exemplo, em muitos locais no Porto, o café pode custar cerca de 0,70€. No centro histórico, os preços do café podem ir de 1,10€ a 2,50€, especialmente se forem cafés famosos e muito procurados pelos turistas. Isto faz com que o custo de vida dos moradores torne-se demasiado elevado.

Em termos de habitação, as rendas podem ter valores muito elevados. Na zona histórica de Lisboa (Estrela), por exemplo, um T1 com 70m2, pode rondar os 1.200€ mensais. O que acontece em alguns casos é que o valor das casas torna-se muito elevado para a qualidade que as mesmas apresentam. Ou seja, são aplicadas rendas altas a prédios sem elevador ou a prédios muito antigos e com problemas de canalização, por exemplo.

Segundo o Imovirtualo preço médio do arrendamento de casas em Portugal aumentou 37% em 2018. Lisboa foi o distrito que registou o preço médio mais elevado de arrendamento no país, em 2018, rondando 1.475,53€ mensais, de acordo com a análise de todos os anúncios novos de apartamentos e moradias para arrendamento, inseridos no Imovirtual em 2017. Depois de Lisboa, temos o Porto em 2º lugar, com rendas médias de 1.102,14€.

 

A escolhe entre viver na periferia ou na zona histórica da cidade depende de muitos fatores. Estes são alguns pontos que pode ter em consideração se está a procurar viver no centro histórico. Agora, cabe a si colocar todos os prós e contras na balança, ver as oportunidades que o mercado tem para oferecer e tomar a sua decisão.

Alexandre Luís Autor Imovirtual

Também conhecido como ‘O Consultor’. Pode encontrá-lo a consultar o último estudo de mercado. Não tem talento para vender, mas sabe tudo sobre Imobiliário. Fala sobre questões relacionadas com o tema no Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 21 setembro 2021
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