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Imobiliário fecha janeiro com 80% de quebras

Imobiliário fecha janeiro com 80% de quebras

As consequências da pandemia e do novo confinamento estiveram em análise num estudo da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que procurou perceber o comportamento do setor Imobiliário durante o mês de janeiro. Para isso, entre os dias 2 e 11 de fevereiro a associação realizou um inquérito online junto de 4.000 profissionais de empresas de mediação imobiliária, que avaliaram o seu fluxo de atividade.

Segundo as conclusões do Barómetro APEMIP – Janeiro 2021, comparando com o mês anterior, 62,5% inquiridos revelaram a manutenção dos preços da oferta, 31,4% apontaram quebras e 6,1% admitiram aumentos. Já em comparação com o período homólogo, 44,9% dos inquiridos afirmaram que os preços se mantiveram, 37,5% que diminuíram e 17,6% que aumentaram.

Para Luís Lima, Presidente da APEMIP, é normal que “os preços comecem a refletir os efeitos da quebra da procura e que se verifiquem algumas correções dos valores praticados”, com particular destaque para o segmento habitacional mais alto, que se ressente pela quebra da procura estrangeira, “uma vez que o mercado interno não tem tanta capacidade para absorver este tipo de ativos”, esclarece em comunicado.

Quando questionados sobre a venda de imóveis e, tendo como comparação, o mês de dezembro, 77,4% dos profissionais confirmam uma quebra nas vendas; 18% revela a manutenção do fluxo de negócio; e 4,6% declara um aumento. Já em comparação com o período homólogo (janeiro de 2020), 82,4% apontam para uma quebra no negócio, 13% referem a sua manutenção e 4,6% o seu aumento.

Os números da procura também refletem o impacto da situação pandémica, com 71% dos profissionais a assinalar o seu decréscimo face ao mês anterior, um indicador que sobre para 84,8% quando confrontado com igual período do ano anterior.

Os resultados obtidos são ”desanimadores” e “retratam as consequências do confinamento que entrou em vigor a 15 de janeiro, impedindo as empresas de mediação imobiliária de desenvolver a sua atividade normalmente, por não poderem realizar visitas presenciais”, clarifica o Presidente da APEMIP. “Se no ano passado as empresas demonstravam algum otimismo apesar das circunstâncias, em 2021 a fadiga e as dificuldades que enfrentam é espelhada nos resultados deste Barómetro: por um lado, a quebra da procura começa a ser notória, por outro, as empresas continuam impedidas de fazer visitas e de desenvolver a sua atividade, o que se reflete no seu grau de otimismo para o desempenho do presente ano”, conclui Luís Lima.

Alexandre Luís Autor Imovirtual

Também conhecido como ‘O Consultor’. Pode encontrá-lo a consultar o último estudo de mercado. Não tem talento para vender, mas sabe tudo sobre Imobiliário. Fala sobre questões relacionadas com o tema no Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 07 outubro 2021
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