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Moody’s antecipa sinais negativos no imobiliário comercial em 2022

Moody’s antecipa sinais negativos no imobiliário comercial em 2022

As receitas das rendas dos segmentos imobiliários do retalho e escritórios, a nível europeu, vão continuar a negativo em 2022. A previsão é da agência de notação financeira Moody’s que antecipa maiores dificuldades no financiamento de novos projetos e quebras nos proveitos dos alugueres, sobretudo ao nível dos centros comerciais. De acordo com o relatório publicado pela Moody’s Investors Service, estima-se uma redução dos rendimentos de 2%, que se justifica pelas quebras na ocupação dos espaços comerciais e de escritórios por conta da pandemia do novo coronavírus. Apesar da incerteza económica, as taxas de juro reduzidas apoiarão a liquidez do setor e os valores imobiliários. 

A Moody’s reconhece que a crise económica “afetou a confiança dos empresários e desacelerou a atividade de locação de escritórios”, por isso alerta os proprietários para o ambiente organizacional difícil que se continuará a sentir com “a procura por espaços a apresentar-se ainda moderada”. Por outro lado, o aumento do número de avaliações deverá fortalecer o crédito às empresas de logística, enquanto o setor residencial permanecerá na defensiva.

A perspetiva negativa está relacionada com previsão das dificuldades que o setor do retalho terá de enfrentar, por conta dos bloqueios da pandemia, o que irá influenciar o volume de vendas e, consequentemente, tornará a procura de espaços moderada. ”A crise económica também afetou a confiança dos empresários e desacelerou a atividade de leasing no segmento de escritórios” alerta Ana Luz Silva, analista da Moody’s Investors Service, salientando que ainda assim, “as empresas de logística beneficiarão com o boom do comércio eletrónico e as receitas das rendas residenciais permanecerão mais estáveis, especialmente em mercados regulamentados com fortes sistemas de segurança social”.

Segundo a Moody’s, apesar da incerteza económica, o setor poderá continuar a contar com as baixas taxas de juro para apoiar a liquidez e os valores das propriedades. Já o financiamento económico, embora robusto, irá tornar-se mais seletivo em todas as classes de ativos e muito provavelmente, os requisitos para créditos irão ser mais restritos.  

Alexandre Luís Autor Imovirtual

Também conhecido como ‘O Consultor’. Pode encontrá-lo a consultar o último estudo de mercado. Não tem talento para vender, mas sabe tudo sobre Imobiliário. Fala sobre questões relacionadas com o tema no Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 07 outubro 2021
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